Todos os dias são inúmeras as situações perante as quais temos que nos justificar. Não basta darmos a nossa opinião, é também necessário que forneçamos os nossos argumentos, que explicitemos porque pensamos de uma determinada maneira e não de outra.
Argumentamos, tentando guiar os outros por novas linhas de pensamento. Fornecemos exemplos, comparações, bem como explicações detalhadas, no intento de levar o outro a partilhar a nossa ideologia. Apelamos à logica dele, à sua razão (comum a todos os homens) tomando-o como nosso igual, possuidor de todas as suas capacidades cognitivas, livre e digno. Recorremos, assim a toda a nossa capacidade Retorica (arte de discursar com eloquência) tentando persuadir o outro através do Logos (“retorica branca”) – discurso persuasivo.
Apesar do discurso persuasivo em si mesmo ser detentor
de validade, uma vez que não destitui o outro da sua capacidade para tomar uma decisão livremente,o mesmo não se pode dizer do discurso manipulativo. Este tipo de discurso, baseado em falácias e com exagerado recurso ao Pathos, induz em erro o auditório retirando lhe a sua liberdade escolha, deixando como única hipótese viável a adesão a tese do orador (“retorica negra”)-discurso manipulativo. Deste modo, existe um grave desrespeito à dignidade do outro que é instrumentalizado em prol um interesse pessoal do orador ou de um engano do mesmo.
Ainda assim não podemos cair em risco de denominar o discurso persuasivo como ilegítimo uma vez que este é um dos mecanismos essenciais para o funcionamento das sociedades democráticas.
Atenção esta é a apensas a primeira parte do post! Para leres a segunda fica atento a novas atualizações.
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Just because we all have blue dreams…

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