Escrever

   Sinto me feliz quando escrevo, quando deixo cair as ideias pelo papel… vejo-as tomar forma, a moldarem-se `pagina, às linhas. Sinto me feliz assim, pois presas em tinta não podem escapar, não podem ser roubadas de mim, não podem cair no negro abismo do esquecimento.

   Porém, nem todas as ideias merecem ser perpetuadas, preto sobre branco, e outras de tão preciosas só podem ser transmitidas no momento certo – quando a inspiração surge. A inspiração é a minha caneta e sem ela borro as páginas escrevendo com os dedos, obrigando  mensagem a permanecer dessa maneira grotesca na página branca. Sem ela até a melhor das  ideias, quando no papel, confunde-se com uma grande “borrascada”…

   Sinto me feliz na sua companhia, á luz da lanterna enquanto deixo as palavras surgirem como gotas de agua no oceano.

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Just because we all have blue dreams…

Ler

   Adoro ler… Quando lemos, abrimos as portas do coração e da mente para novos mundos, novas ideias.

    Quando lemos, aprendemos, não importa o tema, a língua, nem mesmo o autor pois em cada leitura conquistamos novos conceitos e ideologias, novas formas de pensar e agir.

   Toda a vez que abrimos a capa de um livro deixamos-nos levar… mesmo sem nós darmos conta, para novos sonhos e esperanças, mas, também, para novos medos e receios…

Por entre as letras ganhamos asas para voarmos para aonde quisermos, para vivermos novas vidas e experienciarmos novas existências…

 

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Just because we all have blue dreams…

Superação

   Desde os primórdios que o ser humano se revelou diferentemente complexo.

   Ao contrário dos outros seres vivos revelou capacidades de aprendizagem únicas e uma inteligência excepcional que lhe permitiu chegar à atualidade como um ser racional que “domina” o planeta.

   Assim, cada um de nós nasce e cresce com o propósito de se superar na sua individualidade e se concretizar na sociedade.

   Porém, devido à sua natureza o homem não se contenta em fazer parte dessa sociedade, em ser apenas um numero… O ser humano anseia por se destacar, por criar um legado para o futuro.

O homem não se limita a sobreviver, luta para conquistar a imortalidade.

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A Ciência, o Poder e os Riscos (7/7)

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“O sistemático desprezo pelos impactos ambientais, e uma visão míope e predatória do crescimento económico, conduziram a uma situação que, sem resposta adequada, conduzirá as nossas economias e as nossas sociedades ao colapso.” Viriato Soromenho-Marques

   Torna-se assim obvio a instrumentalização da ciência; que tem sido utilizada e desenvolvida tendo em conta fatores econômicos e políticos; e a urgente necessidade de uma resposta mundial ao problema.

   Concluindo, até agora a irresponsabilidade humana tem vindo a acumular problemas e consequências nefastas para o mundo. Caminhamos passa a passo para a catástrofe que apenas pode ser evitada pela aquisição de um responsabilidade global.

   Não é o problema de alguns, é o problema de todos, e a sua resolução está nas mãos de todos e casa um de nós, em pequenos gestos, em pequenas reflexões. Está na altura da humanidade despertar uma estica Cosmocêntrica, uma ética que visualizando a totalidade do mundo lhe consiga impingir um sentido de responsabilidade. Uma ética que imponha limites na ciência, uma ética que difundida na mente de todos nós, nos diga que só porque algo é realizável não significa que deva ser feito. Uma ética como esta, deixamos nas mãos do progresso filosófico…

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A Ciência, o Poder e os Riscos (6/7)

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   Defendem, também, que o progresso cria novas necessidades e que não aproxima o ser humano da felicidade. Também o conceito de “aldeia global” é posto em causa afirmando que aqueles que têm acesso a tecnologia necessária para esse efeito são em percentagem relativamente irrelevantes.

   Deste modo, ao examinarmos estes polos distintos chegamos à conclusão de que não se pode nem se deve impedir o avanço cientifico mas que os seus problemas e desvantagens devem ser ultrapassados, através do desenvolvimento de uma consciência planetária, isto é, desenvolvendo uma ética Cosmocêntrica em que o homem seja responsabilizado pelos problemas que provoca na natureza e também nas gerações vindouras.

   O imperativo de Hans Jonas contempla muito bem estas responsabilidades: “Age sempre de tal maneira que os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a preservação da vida humana genuína” apelando, assim, a uma responsabilização coletiva e uma preocupação com o futuro que iremos deixar para as próximas gerações.

“(…) começamos a agir como se o futuro estivesse já tão comprometido que faz mais sentido concentrarmos-nos nas necessidades presentes e nos problemas a curto prazo. Al Gore

   Estas palavras destacam, assim, a mentalidade humana atual, apenas preocupada com a resolução imediata dos seus problemas sem se preocupar com as consequências dos seus atos no ambiente e no tipo de mundo que irão deixar para os filhos.

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A Ciência, o Poder e os Riscos (5/7)

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   Outros problemas podem ser levantados, como o recurso a energias nucleares, aborto, prolongamento artificial da vida, reprodução clinicamente assistida, mudança de sexo, clonagem e alterações do genoma humano. A questão prende-se pelo fato de que apesar da ciência nos dar as ferramentas para realizarmos algo não significa que o devamos executar. O episodio das bombas nucleares é apenas mais uma confirmação deste fato.

   A tecnociência não passa de uma ferramenta, a forma como a usamos, cabe-nos a nós decidir.

“ A ciência pode ensinar-nos como fazer bombas atômicas ou manipulações genéticas, mas não pode responder à questão moral: devemos ou não fabricar engenhos nucleares ou empreender um programa de manipulações genéticas?” Habert Reeves

   A partir deste ponto, torna-se imperativo realizar uma análise sobre a própria ciência de modo a compreender concretamente as suas consequências, tanto positivas como negativas. Assim, de acordo com os apologistas do progresso cientifico, a tecnociência é a chave do progresso da espécie humana que lhe permite ampliar o seu conhecimento e controlar a realidade em seu beneficio. Contribuindo ativamente para a satisfação das necessidades humanas e para o alcance da felicidade (ideal máximo humano) enquanto que, simultaneamente, aproxima o mundo através da partilha, quase instantânea de informação, inaugurando assim o conceito de “aldeia global”. No outro extremo, acredita-se que o desenvolvimento da tecnociência apenas retira humanidade ao homem, separando-o da natureza na qual se devia inserir, tornando-o um ser menos natural e mais artificial.

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A Ciência, o Poder e os Riscos (4/7)

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   A tecnociência concede-nos bem-estar, segurança, conforto, melhores condições de vide e melhor integração social, porém também possui muitas desvantagens, uma vez que ao resolver os problemas de ontem causa, como consequência, problemas hoje.

   Diversos dos problemas atuais estão relacionados direta ou indiretamente com o desenvolvimento da ciência. Temos como exemplo o tema da poluição. A medida que se intensifica a industrialização e o avanço de técnicas cientificas, (nomeadamente, os relativamente novos métodos de adquirir energia através dos combustíveis fósseis) a humanidade tem vindo a explorar, cada vez mais intensamente, os recursos naturais do planeta, enquanto simultaneamente , liberta para a atmosfera e para a hidrosfera grandes quantidades de resíduos poluentes. Muitos afirmam que estas ações irresponsáveis podem vir a causar a destruição do planeta, porém não passam de declarações hiperbólicas humanas. O planeta não se encontra em risco devido as atividades humanas, o planeta Terra já enfrentou e sobreviveu a catástrofes muito piores; quem realmente se encontra em perigo é a própria humanidade que não conseguirá subsistir às modificações que ela própria está a provocar no planeta.

“A humanidade é obrigada a fazer face a problemas análogos àqueles que assaltam toda a espécie animal no seio de um meio perigoso – no nossa caso por causa das nossas obras (…)” Serge Moscovici.

   Porém, perante esta situação apercebemos-nos do conflito que decorre: ou continuamos a progredir cientificamente alterando o equilíbrio do planeta, ou interrompemos o progresso cientifico e usufruímos de um planeta estável.

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